Nos últimos dias, os investidores adicionaram prêmios de risco aos ativos locais. Isso foi motivado pelas pressões tanto externas quanto internas. As taxas dos contratos de juros futuros apontam para a possibilidade de o Banco Central (BC) não ter mais espaço para continuar cortando a Selic em 2024. Enquanto isso, o dólar registrou nesta semana o maior patamar em mais de um ano e o Ibovespa, índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, fechou no menor nível desde novembro.
Pressões externas afetam investidores
Essa reavaliação de risco é consequência da incerteza em relação ao início do ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos e ao aumento da reprecificação dos juros americanos. É importante ressaltar que essa precificação tem castigado os ativos de risco e vem afetando os mercados locais. Além disso, os investidores têm reavaliado a percepção de risco interno, devido ao governo sinalizar que o ajuste fiscal será mais lento do que o anunciado anteriormente.
Mercado exige prêmios de risco mais elevados
Um fator que aumentou a percepção de risco interno foi a decisão anunciada pelo governo de acionar o mecanismo de crédito extraordinário para o pagamento do auxílio emergencial. Isso aumentou a incerteza sobre as contas públicas e levou os investidores a exigir prêmios de risco mais elevados para investir no país.
Perspectivas de curto prazo
A perspectiva de curto prazo é de incertezas e volatilidade. As principais questões são: quando o Banco Central dos Estados Unidos começará a subir os juros e qual será o ritmo desse aumento. O aumento dos juros nos EUA leva a uma migração de recursos de mercados emergentes para os Estados Unidos, o que aumenta o risco dos investimentos no Brasil.
Recomendações
O momento atual exige que os investidores estejam atentos e se adaptem rapidamente a mudanças no cenário econômico. É importante manter uma postura cautelosa, avaliar a diversificação da carteira de investimentos e buscar aconselhamento de especialistas em investimentos. Além disso, é fundamental acompanhar a evolução do cenário político e econômico do país e realizar uma gestão de risco mais rigorosa.
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Por /Matheus Prado, Victor Rezende